Em uma determinada hora da sua vida, vai aparecer um alguém
que vai desorientar todos os seus caminhos, abalar as suas estruturas, passar
como um furacão. Esse alguém vai chegar de repente, arrastar tudo que vê pelo
caminho, destruir tudo o que você tinha de concreto e vai rapidamente embora,
sem nem olhar para trás. Homens furacões vão lhe jurar amor eterno, lhe
prometer cada estrela do universo, vão ser intensos, desmedidos, uma paixão desesperada,
talvez a mais avassaladora da sua vida. Porém, um furacão dá e passa, ele não
fica por muito tempo, deixam rastro de destruição, vagas lembranças, e o receio
de passar novamente por algo que foi tão voraz, mas ao mesmo tempo tão sofrido.
Acumulam-se mágoas então, você logo de imediato não ergue
suas pilastras novamente, talvez passe anos em plena ruína, evita deixar que
qualquer um se aproxime, com medo de chorar novamente as lagrimas de uma
desilusão amorosa. O coração fica deserto, seco, oco, lastimando todas as
amarguras possíveis, você até jura nunca mais gostar de um outro alguém, e
assim vai caminhando a vida, ocupando os momentos com outras coisas, focando em
outras áreas, se fortalecendo de outra maneira. O tempo vai te amadurecendo,
até que um dia você se dá conta que já não chora tanto, que já não sente tanto,
que já não sofre tanto, de quando em quando até tem uma lembrança, uma saudade,
mas já não lhe angustia como antes.
Aprende-se, talvez por osmose, a dizer: “foi bom enquanto durou, mas chegou ao
fim, e foi melhor assim”
Quando se estiver na varanda de casa, em uma tarde de
domingo, um ventinho gostoso vai lhe percorrer a nuca, vai lhe provocar um leve
arrepio, e um sorriso bobo. O céu esta azul, mas gotículas de fina chuva começam
a cair, é uma gostosa brisa de verão, e quando você se dá por conta, já esta se
molhando com os chuviscos, pode até ficar assustada, com medo de mais uma
tempestade, mas logo você pode ter certeza que não lhe causará nenhum prejuízo,
a brisa é tão sutil, e tão encantadora, que vai te embalando em dias gostosos,
e só lhe cabe aproveitar, nada de controlar, afinal a experiência do furacão
lhe ensinou que tudo na vida tem seu tempo certo, e você sabe que até a leve
brisa um dia vai passar.
A leve brisa, também é paixão, e paixão dá e passa, todos
nós sabemos disso, mas ao fim de chuvas de verão, tem-se tardes ensolaradas, e nem
sombra de nuvens há no céu. Se a leve
brisa deu espaço para o sol, é sinal de que o amor chegou, é hora de
aproveitar! E é nesse sol a pino que se constroem os casamentos, os filhos, e
os anos e anos e anos juntos. Os furacões não terminam em tardes de sol, mas
nos dão um belo arco-íris, e no fim desse caminho há um pote de ouro chamado
SUPERAÇÃO. Durante a vida, teremos furacões, tempestades, avalanches,
terremotos, e vendavais inesquecíveis, mas brisa, só se tem mesmo uma, é única
e especial, talvez não chegue tão exuberante, nem majestosa, mas com certeza a
sua humildade traz pra relação um prazo de durabilidade bem, eu disse bem maior!
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